Mais do que nunca a coleta seletiva do lixo está sendo tão necessária. A geração de resíduos sólidos urbanos cresceu 4% durante a pandemia da Covid-19 e segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos Brasil 2021, em média, cada brasileiro produz, diariamente, 1,7 kg de resíduos por dia – são cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos produzidos no país por ano.
O isolamento social e a prática do trabalho em casa aumentaram o volume de lixo no Brasil. As medidas de distanciamento social geraram no país um aumento de 15% a 25% na quantidade de resíduos residenciais.
Para ajudar a diminuir esse problema muitos condomínios tem se interessado em incentivar a coleta seletiva do lixo, através de iniciativas que conscientizem e promovam uma relação mais saudável com o lixo que produzimos.
Toda mudança de hábito pode ser difícil no início, porém com a prática e visíveis melhoras no ambiente, o hábito passa a ser considerado uma cultura. Por isso é tão importante conscientizar as crianças e os mais jovens, por exemplo.
Além de colaborar para a preservação do meio ambiente, a coleta seletiva de lixo proporciona o sentimento de comunidade e melhoria da qualidade de vida de seus moradores.

Como funciona a coleta seletiva em condomínios?
A coleta seletiva é feita após a separação prévia dos resíduos nas casas ou apartamentos.
Os resíduos coletáveis são: embalagens e objetos feitos de metais, plásticos, papéis e vidros. A ideia é separar esses materiais dos lixos orgânicos após o descarte.
Assim, deve ser adotado um recipiente para restos de comida que deverão ser despejados no lixo comum (ou numa composteira, ideal para pequenas hortas ou jardins) e outro para embalagens que serão direcionados para a reciclagem.
No caso de apartamentos e onde não houver espaço hábil para essa triagem, é possível agrupar todos os materiais recicláveis na mesma lixeira para que a empresa responsável pela coleta possa dar a devida destinação.
Mesmo contratando um serviço especializado de coleta seletiva do lixo os moradores e funcionários do condomínio devem fazer o descarte corretamente.
Outro fator muito importante para que a coleta seletiva seja implantada de maneira correta é o planejamento da frequência, os dias da semana e os horários de coleta dos recicláveis a fim de evitar o acúmulo de materiais nas áreas comuns do condomínio.
Veja agora algumas dicas importantes para começar a coleta seletiva em seu condomínio:
Estabeleça um ponto de coleta
Como primeira iniciativa é importante estabelecer o espaço e as condições adequadas para a coleta seletiva e seu armazenamento provisório no condomínio até que a empresa responsável pelo seu descarte venha recolhê-la.
Este espaço não precisa ser muito grande, mas funcional e que atenda as demandas dos moradores. Poderá ter ou não as lixeiras com as quatro cores da coleta (vidro, plástico, papel e metal).
Uma observação importante: a norma do Corpo de Bombeiros proíbe a disposição de qualquer objeto na passagem das escadas. Portanto, essa área deverá ser destinada na área de serviço ou em alguma dependência externa.
Comunicação e Conscientização
Ao escolher o local todos os condomínios e funcionários deverão ser avisados e orientados quanto ao novo hábito. Para que a coleta seletiva obtenha êxito é necessário que todos os moradores e profissionais sigam diariamente as normas estabelecidas e de forma correta.
Limpeza e organização
O ambiente deverá estar sempre limpo e fechado para evitar o mau cheiro e a entrada de ratos, baratas, mosquitos entre outros insetos e animais que podem transmitir doenças.
Alguns condomínios optam pela compra de um contêiner de plástico, um equipamento fácil de manusear que já vem pronto para esse tipo de descarte geral de materiais.
Cuidado redobrado com papéis e plásticos
O cuidado com o descarte de papéis e plásticos deverá ser redobrado, uma vez que são materiais de alta combustão e que podem causar incêndios.
Avise à seguradora do condomínio
As seguradoras deverão ser avisadas antes das medidas de coleta seletiva do lixo serem implantadas, para caso haja algum acidente, o ressarcimento seja compatível com o fato em si. Se esse contato não for feito previamente a seguradora poderá alegar omissão por parte do condomínio, o que trará prejuízos para as partes envolvidas.
Manipulação dos materiais
Os profissionais de limpeza deverão receber treinamento adequado, bem como receber o pagamento adicional por insalubridade e EPI (Equipamentos de Proteção Individual) adequados.
Recolhimento do material coletado
O primeiro passo importante é procurar saber se o bairro já está contemplado com a coleta seletiva da Prefeitura. Quantas vezes o caminhão passa para recolher o lixo e em qual horário.
Em São Paulo, todos os 96 municípios do estado são contemplados com o serviço de coleta seletiva através de cooperativas ou concessionárias de limpeza.
Se por acaso o condomínio não tiver esse apoio, poderá recorrer a uma cooperativa de catadores para que possam realizar a coleta.
Coleta seletiva obrigatória em condomínios comerciais
A coleta seletiva em prédios comerciais ou de uso misto é obrigatória em São Paulo desde 2009. Isso acontece porque os prédios comerciais são considerados os grandes geradores de lixo.
Trata-se da Lei Municipal nº 14.973, a qual estabelece que os condomínios devem implantar lixeiras, uma ao lado da outra, em locais acessíveis e de fácil visualização. Neste caso, o lixo deverá ser separado em: resíduos sólidos de papel, resíduos sólidos de plástico, resíduos sólidos de metal, resíduos sólidos de vidro e resíduos gerais não-recicláveis. Essa norma é obrigatória onde a soma dos resíduos sólidos diários seja igual ou superior a 1.000 litros.
Caso não haja cumprimento da medida, a lei estabelece multa no valor de R$ 10.000,00, que poderá ser dobrada em caso de reincidência (o valor é ajustado anualmente, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA).
E aí, preparados para começar a coleta seletiva do lixo em seu condomínio? Contribua para a qualidade de vida mais sustentável e saudável para todos!

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